Programa de Pós-Graduação em Botânica

 

A proposta do Programa de Pós-Graduação Acadêmico em Botânica (PPG-Bot), com cursos de mestrado e doutorado, foi aprovada pela CAPES em 2002. Naquela ocasião foi também criada a Escola Nacional de Botânica Tropical – ENBT para abrigar o PPG-Bot e as atividades extensionistas do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A ENBT foi criada com a missão de transformar pessoas em seus princípios, valores, capacidades e competências com foco no Conhecimento e Conservação da Biodiversidade, enquanto a missão do PPG-Bot é formar profissionais aptos a atuar em pesquisa e ensino, em diálogo com a sociedade, bem como nortear e aconselhar tomadores de decisão sobre a conservação de plantas, elaboração de planos de manejo e proposição de áreas a serem preservadas, dentre outros.  

Os discentes devem concluir o curso de mestrado e doutorado em 24 e 48 meses, respectivamente. Entretanto, caso haja impedimentos que justifiquem a prorrogação desses prazos, a conclusão deverá ser de até no máximo 30 meses para o mestrado e 60 meses para o doutorado (em 2020 e 2021 seguimos as recomendações de prorrogação da CAPES mediante a pandemia). Os currículos dos cursos de mestrado e doutorado estão alinhados com as tendências atuais na formação de profissionais altamente qualificados na área de Botânica, conservação e meio ambiente apresentam duas áreas de concentração: 1) Diversidade Vegetal em Ecossistemas Tropicais, com duas linhas de pesquisa: Biologia e Sistemática de Criptógamas e Sistemática e filogenia de angiospermas e 2) Ecologia em Ecossistemas Neotropicais, também com duas linhas de pesquisa: Estrutura, Dinâmica e Funcionamento de Ecossistemas Marinhos e Estrutura, Dinâmica e Restauração em Ecossistemas Terrestres. O PPG-Bot coordena o principal projeto de diversidade de algas, fungos e plantas no Brasil que é o Projeto Flora do Brasil que trata de uma flora completa para estes organismos do Brasil. Dentro da área de Ecologia de Ecossistemas Neotropicais na área marinha o JBRJ faz parte da coordenação do importante projeto denominado Rede Abrolhos. Para ambientes terrestres merecem destaque o Projeto Ecofisiologia, Anatomia Ecológica e Biologia Reprodutiva, onde destacam-se inúmeros estudos de anatomia da maderia, de biologia reprodutiva e de ecofisiologia de sementes.

 

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Objetivos

 

Os objetivos do PPG-Bot compreendem a capacitação de pessoal em diferentes campos da botânica, através do uso de abordagens integradoras e inovadoras de pesquisa; habilitar profissionais qualificados em metodologias e processos efetivos para a geração e a difusão do conhecimento associados à conservação da biodiversidade vegetal, particularmente à conservação e o manejo de espécies ameaçadas da flora brasileira e no estabelecimento de políticas públicas ambientais.

 

Metas

Para tanto, o PPG-Bot tem como metas para os próximos dois quadriênios (2021-2024 e 2025-2028):

  • Aumentar o intercâmbio entre instituições para os discentes, seja no exterior por meio de programas como o Doutorado-Sanduíche CAPES,  seja no Brasil, por meio de projetos de colaboração entre instituições, como a atual parceria com a UNICAMP, financiada pelo Edital Apoio à Formação de Doutores em Áreas Estratégicas do CNPq;
  • Revisar nossa grade de disciplinas e atualizar as respectivas ementas e conteúdos; verificar disciplinas que podem ser incluídas na grade e que devem estar alinhadas às linhas de pesquisas do programa, de modo a ofertar um conhecimento com bases sólidas capazes de formar mestres e doutores qualificados e competitivos e que conquistem espaços como profissionais no mercado de trabalho;
  • Estimular a capacitação e a atualização dos docentes através da realização de pós-doutorados no Brasil e no exterior;
  • Melhorar quantitativa e qualitativamente a produção com discentes e egressos;
  • Estimular os alunos a participarem de importantes iniciativas nacionais coordenadas pelo JBRJ, tais como a Flora do Brasil, CNCFlora, Redes Abrolhos e Síntese em Intensificação da Polinização;
  • Incorporar à grade disciplina denominada “Extensão na Pós-Graduação”, com o objetivo principal de capacitar os alunos no emprego de atividades de ensino, pesquisa e extensão para fortalecimento do diálogo entre pós-graduação, graduação, educação básica e outros setores da sociedade. Essa disciplina é única dentro do PPG-Bot e pretende estimular os discentes na prática desse diálogo, possibilitando que a ciência produzida dentro do PPG-Bot seja difundida mais concretamente na sociedade. Através dessa vivência curricular, os alunos não só conhecerão diferentes formas de extensão em instituições brasileiras e internacionais, mas poderão executar ações de extensão no próprio Programa;
  • Ampliar e qualificar o quadro de profissionais do JBRJ, por meio de concursos e mobilidade de servidores (ex. Portaria 282/2020) para renovar o quadro de docentes;
  • Ampliar a internacionalização do PPG-Bot, inicialmente para países da América do Sul e, posteriormente, para outros países, a fim de receber um maior número candidatos nos processos de seleção de ingresso. Incentivar também a realização de disciplinas ministradas em inglês, bem como disponibilizar o site do PPG-Bot bilíngue na página web do JBRJ;
  • Reforçar a atuação do PPG-Bot em escolas do Ensino Fundamental e Médio, seja através de projetos dentro dos Programas PIBIC–Ensino Médio/CNPq e Jovens Talentos/FAPERJ, seja por atividades de ensino médio em escolas públicas do estado do Rio de Janeiro;
  • Ampliar ações de divulgação científica e eduação ambiental, por exemplo recebendo alunos de diversas escolas e universidades em projetos de visitas guiadas ao arboreto, herbário e rede laboratorial do JBRJ;
  • Expandir a rede laboratorial e as coleções biológicas da instituição.


Infraestrutura

Além do espaço disponível na ENBT, os alunos têm acesso à Rede Laboratorial Multiusuário da DIPEQ e ao acervo científico, locais onde se processa a dinâmica da atividade científica institucional e cujas acomodações permitem maior integração entre as diferentes linhas de pesquisas desenvolvidas na instituição. Essa rede inclui os Laboratórios de Algas, de Biologia Molecular de Plantas, de Bioquímica de Plantas, de Botânica Estrutural, de Micologia e de Sementes e, mais recentemente, o Laboratório de Biologia Floral. Atualmente, estamos concluindo o projeto de expansão da rede laboratorial graças a um edital em que o JBRJ foi contemplado pelo FINEP CT- INFRA - PROINFRA - 01/2009, intitulado "Modernização e ampliação da Rede Laboratorial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro para conhecimento e conservação da diversidade florística brasileira", com um financiamento de R$ 1.000.000,00. Nossa rede física da Rede Laboratorial foi ampliada através de um novo Complexo Laboratorial com aproximadamente 600 m2 que será entregue em junho deste ano. Apesar de aprovado há algum tempo, as construções estão finalizando no final do primeiro semestre de 2021. Este novo prédio, especificamente projetado para o funcionamento dos laboratórios de bioquímica, de biologia floral e biologia molecular, além de prever espaços para a criação de futuros laboratórios, visando agregar, ainda mais, diferentes linhas de pesquisa. Também é contemplada a adaptação para ocupação de espaços já existentes através de reformas para ajustes de funcionamento. A Rede Laboratorial tem sido contemplada sistematicamente em editais competitivos de agências de fomento, como FINEP, FAPERJ, CNPq e CAPES, através de iniciativas coletivas ou individuais do corpo de pesquisadores. Desse modo, a Rede Laboratorial vem sendo constantemente modernizada e incrementada tecnologicamente, com a aquisição de importantes e modernos equipamentos, tais como, sequenciador de DNA, microscópio confocal de varredura a LASER, microscópio eletrônico de varredura e cromatógrafos líquidos de alta eficiência (analítico e preparativo), espectrofotômetro UV-Vis digital, dentre outros. De forma semelhante, outros financiamentos (p. ex., da FAPERJ, CNPq) vêm sendo conquistados no sentido de garantir a manutenção preventiva/corretiva desta estrutura laboratorial, além do apoio de recursos institucionais para o seu funcionamento cotidiano. Também fomos contemplados na CHAMADA PÚBLICA MCTIC/FINEP/CT-INFRA 04/2018 – Temática: Bioquímica com o projeto intitulado: Plataforma analítica de alto desempenho no JBRJ para a prospecção biotecnológica da diversidade da flora brasileira, onde obtivemos um total de  R$ 1.384.671,70 para adicionar equipamentos ao Laboratório de Bioquímica. 

Laboratório de Algas

O Laboratório de Algas (LA) desenvolve projetos relacionados à ecologia e à fisiologia de espécies formadoras de estruturas recifais calcárias e produtoras de metabólitos secundários e ficocolóides, inclusive àquelas com atividades biológicas. Sua estrutura permite o desenvolvimento de experimentos com organismos marinhos em condições controladas de luz, fotoperíodo, temperatura, nutrientes, atmosfera e de físico-química da água. Neste sentido, é possível o desenvolvimento de experimentos de cultivo in vitro de pequeno e médio porte, incluindo experimentos em microcosmo e de transfecção transiente, com equipamento de transfeção biolístico. A estrutura do laboratório inclui equipamentos para mergulho técnico de circuito aberto e fechado (rebreathers), câmeras de vídeo Full-HD e de fotografia digital de alta resolução com aparato estanque para filmagens sub-aquáticas. Para a execução de expedições científicas, conta também com DRONEs e ROVs de pequeno porte para imageamento aéreo e submarino. O LA dispõe de estações de alta capacidade para o processamento de imagens e mesas gráficas de digitalização de alta resolução. No que se refere à estrutura básica, o LA possui uma série de outros equipamentos, como pHmetros, sistema de filtragem, micro-ondas, balanças analíticas, medidores de intensidade luminosa, registradores de luminosidade e temperatura, autoclave vertical, capela de fluxo laminar, câmaras de germinação com fotoperíodo, centrífuga refrigerada, agitadores orbitais, banhos de aquecimento e aparelho de ultrassom, dentre outros.

Laboratório de Biologia Molecular de Plantas

O Laboratório de Biologia Molecular de Plantas (LBMP) dispõe de instrumental para estudos sobre diversidade genética, taxonomia e filogenia molecular, genética de populações e desenvolvimento vegetal. Está equipado com banho-maria, botijão criobiológico (capacidade 10 e 34L), duas chapas aquecedoras com agitação, espectrofotômetro Merck, fonte de eletroforese, dois freezers (-80°C), geladeira twin sistem 480, máquina de gelo, duas microcentrífugas refrigeradas Eppendorf 5417 e Eppendorf 5424, centrífuga refrigerada 5810R Eppendorf, micro-ondas, pHmetro, sistema fotográfico, doc-print Viber-Loumat, vortex, autoclave, balança, câmara de fluxo laminar, estufas de secagem, freezers, geladeira, quatro máquinas de PCR Eppendorf, spin, sistema MilliQ de filtragem de água, três sistemas de eletroforese de DNA MUPID, transiluminador, ultrassom, sequenciador automático de DNA ABI 3500 XL, termocicladores com gradiente de temperatura, espectrofotômetro Nanodrop para quantificação de ácidos nucléicos, mixer Mill (macerador de amostras), disruptor celular FastPrep e ultrafreezer -80°C.

Laboratório de Bioquímica de Plantas

O Laboratório de Bioquímica de Plantas (LBP) foi estruturado a partir de 2010, visando consolidar novas linhas de pesquisa institucionais com foco na prospecção de produtos naturais. O LBP conta com aproximadamente 100 extratos químicos obtidos de organismos marinhos e plantas, sendo que parte destes é submetida aos processos de isolamento e purificação de moléculas, com características químicas diversas, tais como fenóis, flavonóides, terpenos, glicolipídios, ácidos graxos, esteróis, hidrocarbonetos, amidas macrocíclicas, etc. A equipe do laboratório vem estabelecendo colaborações científicas no sentido de testar as atividades biológicas destas substâncias, tais como atividade ecológica (p. ex., anti-herbivoria), biotecnológica (p. ex., anti-incrustante) e fitoterápica (p. ex., anti-viral, antiparasitária, antitumoral e anti-inflamatória). Através de editais da FAPERJ e FINEP, foram adquiridos sistema de cromatografia de alta performance (HPLC) analítico com três detectores (DAD, FLUO e IR) e injetor automático, sistema de cromatografia de alta performance (HPLC) de alto pressão e fluxo de até 150 mL/min com detector UV/VIS e coletor automático, reômetro, texturômetro, banhos maria, balanças digitais, estufas, câmaras germinadoras, centrifugas, sistemas de cromatografia líquida de baixa pressão e coletor de frações automático, centrífuga refrigerada Eppendorf, liofilizador, espectrofotômetro com varredura UV-VIS digital, evaporador rotativo, sistemas de volatilização de solventes por injeção de nitrogênio e capela de gases, entre outros. O JBRJ conseguiu aumentar seu quadro de pesquisadores com a aquisição de um doutor especializado em bioquímica de produtos naturais, Davyson de Lima Moreira  que irá coordenar o LBP e poderá fazer parte do quadro de docentes do nosso PPG. O novo pesquisador será transferido da Fiocruz para o JBRJ pela portaria 282/2020 do Ministério da Economia que trata de cessão de servidor por processo seletivo.

Laboratório de Botânica Estrutural

O Laboratório de Botânica Estrutural (LBE) é voltado às pesquisas em anatomia e ultraestrutura de espécies nativas, através de estudos taxonômicos, ecológicos e de enfoque no potencial econômico. O LBE conta com um microscópio eletrônico de varredura, modelo Zeiss EVO 40, adquirido com auxílio da FAPERJ, e um microscópio confocal de varredura a laser Leica TSC SPE, com lasers 405, 488, 532 e 635 nm e varredura espectral, adquirido com auxílio FINEP. Conta também com quatro micrótomos rotativos, quatro micrótomos de deslize, um ultramicrótomo, um microscópio de fluorescência e contraste de fase, com câmara de vídeo de alta definição acoplado a computador, um microscópio com câmara de vídeo acoplado a computador, um microscópio de luz polarizada, um microscópio equipado para fotomicrografia, quatro microscópios de campo claro, sendo dois com câmara clara, dois microscópios estereoscópicos com câmara de vídeo acoplado a computador adquiridos com recursos Pró-equipamentos Capes, dois afiadores de navalhas, um metalizador de amostras para microscopia eletrônica de varredura, um aparelho de ponto crítico, três estufas histológicas, uma balança de precisão, um pHmetro e uma autoclave.

Laboratório de Micologia

O Laboratório de Micologia (LM) foi criado e estruturado em 2009 e oferece condições para o cultivo e pesquisa básica sobre fungos, em um espaço com bancadas e pias e uma sala-quente anexa para esterilização e lavagem de materiais. Sua infraestrutura conta com três câmaras climatizadas (BOD) 370L, geladeira duplex 450L, liofilizador LT1000 Terroni, microscópio Axioskope 40 Zeiss e microscópio estereoscópico Stemi 2000C Zeiss acoplados a câmera digital e computador, estereomicroscópio Leica S6E, balança de precisão Metler Toledo (adquirido através do programa Pro-Equipamentos), autoclave vertical Eletrolab, capela de fluxo laminar vertical de bancada Quimis modelo Q216F20, destilador Eletrolab, estufa de secagem e esterilização Eletrolab, estufa secadora de fungos com e ar forçado Stockli.

Laboratório de Sementes

O Laboratório de Sementes (LS) tem capacidade técnica e instrumental para o desenvolvimento de pesquisas nas linhas de conservação de sementes, ecofisiologia de sementes, morfologia de sementes e plântulas e análise de crescimento vegetal. Está equipado com câmaras de armazenamento (10 e -20º C), adquiridas com recursos Pro Equipamentos Capes, mesa termo-gradiente para ensaios ecofisiológicos, sensores de análise do solo (adquiridos com recursos FINEP), tanques de crioconservação (-196º C), sala de secagem de sementes (20º C; 20% U.R. ar), câmaras de germinação, balanças de precisão e estufas. O LS é responsável também pela atividade de rotina de colheita, beneficiamento e conservação de sementes de espécies nativas e exóticas do Arboreto do JBRJ, mantendo um banco de sementes que conta atualmente com 700 acessos correspondentes a 300 espécies armazenadas.

Laboratório de Biologia Floral

O Laboratório de Biologia Floral (LBF) conta com equipamentos adquiridos em 2014/15 com recursos orçamentários do JBRJ, especificamente espectrômetro portátil (OceanOptics), contador automático de partículas (PAMAS) e estufa analítica 30L, além de estereomicroscópio Zeiss SV6 disponibilizado pelo JBRJ anteriormente. A infraestrutura foi completada com recursos de projetos financiados pelo CNPq e FAPERJ nos últimos três anos, incluindo mobiliário para coleção entomológica, fibra ótica adicional para o espectrômetro, microscópio digital (Dino-Lite) e equipamentos para captação de imagens, refratômetros manuais, dois estereomicroscópios compactos, agitador vortex, refrigerador com freezer, paquímetros e materiais, reagentes e vidraria diversos. Esta infraestrutura suporta estudos de caracterização floral (estrutura e morfometria de flores e sinais florais visuais), quantificação de recursos florais (medidas de néctar e contagem de pólen), preparação e armazenamento de amostras de odores para análise química e preparação e acondicionamento de coleção entomológica.

Além da estrutura da Rede Laboratorial em si, há espaços reservados para os alunos, como salas para estudo e uma sala multiuso, com armários, microscópios estereoscópicos, mesas, bancadas e quadro, que também é utilizada para aulas práticas.

A estrutura predial da DIPEQ, onde os pesquisadores têm seus gabinetes, tem recebido manutenções com regularidade e suas diversas instalações propiciam excelentes condições de trabalho aos docentes e discentes do PPG em Botânica. O setor de Morfologia e Sistemática está distribuída nesta estrutura, que conta com 42 microscópios estereoscópicos alocados nos gabinetes dos pesquisadores, no herbário e em salas multiusos comuns, utilizadas para preparo do material a ser observado e para descrição e documentação de resultados.

Herbário

O Herbário do JBRJ (RB) mantém intenso e profícuo intercâmbio com outros herbários através da permuta e empréstimo de material botânico das coleções científicas, visitas técnicas e colaborações científicas. Relacionado ao Herbário, a partir de 2010, obtivemos dois projetos Casadinho/Procad, um sobre Leguminosae no Brasil: taxonomia, filogenia e anatomia, e outro sobre Rede em epífitas de Mata Atlântica: sistemática, ecologia e conservação, proporcionando o aprimoramento do capital humano e o desenvolvimento de projetos de pesquisa abrangentes em torno da caracterização de espécies epífitas da Mata Atlântica em quatro Programas de Pós-Graduação. Apesar da finalização destes projetos, as parcerias continuaram e publicações oriundas destes financiamentos, como a lista de epífitas da mata atlântica com a participação de docentes, discentes e egressos do nosso PPG, foi publicado em 2019 na revista Ecology. De 2011 a 2017, com apoio do INCT Herbário Virtual da Flora e dos Fungos do Brasil, foram intensificadas as visitas de especialistas nacionais e estrangeiros, especialmente para identificação de espécimes depositados no herbário institucional (Herbário RB). Muitas destas atualizações na identificação geram, ainda hoje, artigos científicos que influenciaram nas mais de 50 mil visitas a página do nosso herbário virtual no ano de 2020. Com os jardins botânicos brasileiros, o intercâmbio é estreito e enriquecido com as atividades proporcionadas pela Rede Brasileira de Jardins Botânicos, principalmente na execução de cursos e outras atividades de integração e capacitação de pessoal para as atividades em Jardins Botânicos. O JBRJ, além de manter a Secretaria Nacional de Jardins Botânicos, mantém uma rubrica orçamentária específica para apoio aos Jardins Botânicos, especialmente através da orientação de procedimentos voltados para o cumprimento de metas de conservação de plantas em coleções ex situ. Vale ressaltar que em 2020 o herbário RB expandiu sua capacidade de armazenar plantas em módulos deslizáveis com emendas parlamentares e orçamento institucional. Ainda no final de 2020 o RB foi contemplado com um edital FAPERJ no valor de R$1.800.000,00 que prevê o crescimento da capacidade do acervo em 25%. Estão previstas novas aquisições de armários e adaptação do espaço para aumentar a área física do herbário.

Recursos de Informática

A rede de dados do JBRJ é usada por servidores, terceirizados, pós-graduandos, graduandos, alunos de nível médio e demais pessoas com vínculo institucional para exercer atividades administrativas, científicas e acadêmicas em vários setores que compõe a instituição. Essa rede de alto desempenho é formada por um anel ótico com largura de banda de 10Gbps, que interliga todas as unidades do JBRJ e entrega ao usuário uma conexão de 1Gbps em suas bordas, que somadas a robusta rede Wi-Fi, é capaz de acomodar mais de 800 dispositivos de diversos tipos, como PCs, notebooks, tablets, smartphone, câmeras, etc. Tais dispositivos são usados para acesso a serviços externos, através de um link de acesso redundante à Internet de 1Gbps, via RNP (Rede COMEP), além do consumo de serviços e sistemas internos, que são disponibilizados por um datacenter próprio, que é mantido pela Coordenação de Tecnologia de Informação e Comunicação (CTIC-JBRJ). A infraestrutura de rede interna permite aos alunos o uso de computadores pessoais mediante login na rede Wi-Fi institucional de forma simples e rápida, sem necessidade de autorizações junto à CTIC.

Atualmente, o ambiente computacional do JBRJ é formado por uma unidade de processamento bruto (Blade) com 170 núcleos, 2TB de memória RAM e 750TB (0.75 Petabyte) de capacidade de armazenamento de alta densidade, disponibilizados por storages de alta performance. Esse suporte tecnológico é responsável por sustentar toda a plataforma de virtualização do JBRJ, ou seja, ambiente de computação em nuvem privada, com cerca de 100 máquinas virtuais provisionadas, que suportam desde serviços básicos de comunicação e servidores de arquivos, website e intranet, mas também sistemas científicos e acadêmicos mantidos em parceria com o Núcleo de Computação Científica e Geoprocessamento (NCCG-JBRJ), como o Jabot, com 830.473 amostras em 13 diferentes coleções científicas, Herbário Virtual, Flora do Brasil 2020, Catálogo da Flora do Rio de Janeiro, Centro Nacional de Conservação da Flora, Acervo Graziela Barroso, ABCD (Biblioteca Barbosa Rodrigues), Catálogo de UCs, o Catálogo da Mata Atlântica e a Rede Abrolhos. Dentre os serviços oferecidos, destacamos também o acesso ao Portal de Periódicos da Capes. É importante ressaltar que em 2020 o herbário virtual do JBRJ teve impressionantes 53.622 acessos.

Biblioteca

A Biblioteca Barbosa Rodrigues, especializada em Botânica e ciências afins, teve sua origem a partir de obras de D. Pedro II, doadas pela Família Imperial a João Barbosa Rodrigues, quando diretor do JBRJ. O imóvel onde o acervo está localizado integra o acervo arquitetônico de valor histórico-cultural deste Instituto, tombado em 1937 pelo IPHAN. A biblioteca mantém a atualização do acervo por meio de aquisição através de compra, doação e por permutas das publicações editadas. Colabora com o Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas (CCN/IBICT), integra o Programa de Comutação Bibliográfica (COMUT) e tem acesso ao Portal de Periódicos da Capes e a base JSTOR. Seu acervo é composto de livros, periódicos, folhetos, teses, recortes de jornais e outros materiais especiais, acumulando aproximadamente cinquenta mil volumes, dos quais mais de quatro mil são obras raras, principalmente dos séculos XVI ao XIX. O Setor de Periódicos tem cerca de 1.600 títulos, alguns únicos no Brasil, como o Curtis's Botanical Magazine, Paxton Magazine of Botany, Hookers Icones Plantarum, Botanical Register, Illustrierte Garten Zeitung e Revue Horticole. Também é repositório de preciosos manuscritos originais, podendo-se destacar os de Peter W. Lund, sobre Lagoa Santa; uma obra em cinco volumes com desenhos originais de Barbosa Rodrigues, que foi publicada no final do século XX e intitulada "Iconographie des orchidées du Brésil"; e relatórios de viagens à Amazônia e ao Nordeste do Brasil de Adolphe Ducke.

As ações desenvolvidas pela Biblioteca buscam preservar fontes relevantes da memória documental da área de Botânica, de modo a subsidiar e estimular pesquisas nessa área, na História da Ciência e, particularmente, na História da Botânica, buscando uma maior valorização da biodiversidade vegetal brasileira. A execução destas ações também tem reflexos diretos na formação de recursos humanos, uma vez que o PPG-Bot contempla o conhecimento histórico como elemento importante da pesquisa em Botânica, refletindo a vocação natural de uma instituição científica bicentenária.

 

 

Internacionalização

O JBRJ mantém intercâmbio constante com os Jardins Botânicos de maior expressão no mundo, especialmente com o New York Botanical Garden e Missouri Botanical Garden, nos Estados Unidos da América, Kew Royal Botanic Gardens, na Inglaterra, e o Muséum National d’Histoire Naturelle, em Paris. Em 2011, iniciou um programa envolvendo oito herbários estrangeiros (Kew Royal Botanic Gardens, Muséum National d'Histoire Naturelle de Paris, Royal Botanic Garden Edinburgh, Missouri Botanical Garden, The New York Botanical Garden, Swedish Museum of Natural History, Smithsonian Institution e Natural History Museum of Vienna) e com a parceria de diversos herbários nacionais. O JBRJ, juntamente com o Kew Royal Botanic Gardens e o Muséum National d'Histoire Naturelle de Paris, iniciaram o programa denominado Plantas do Brasil: Resgate Histórico e Herbário Virtual para o Conhecimento e Conservação da Flora Brasileira-REFLORA, coordenado pelo CNPq. Esse programa objetivou a construção de um herbário virtual de acesso público, abrangendo mais de 2 milhões de amostras (2.361.067 imagens, sendo 959.392 provenientes do repatriamento) coletadas no território brasileiro, nos séculos XVIII, XIX e XX, que estão depositadas nos herbários dessas três instituições. No Brasil, a centralização científica dos dados desse programa está sob a responsabilidade do JBRJ.

Pesquisadores do JBRJ mantém colaborações em projetos e publicações científicas com pesquisadores de diversas universidades e institutos de pesquisa internacionais, como o Botanical Research Institute of Texas, Universidad Nacional de Colombia; Universidade de Estocolmo, Universidade de Göttingen, Universidade Nacional de Córdoba, Kew Royal Botanic Gardens, Montana State University, University of Pittsburg, University of Sunshine Coast, entre outras. Também mantém colaboração com empresas privadas, como a Acadian Seaplants Limited, e alguns docentes são membros do Species Survival Comission, da International Union For Conservation of Nature and Nature Resources (IUCN). Estas colaborações internacionais têm se mostrado importantes para nossos alunos que seguem os passos de seus orientadores, buscando colaborações internacionais.

Entre as novidades que mais merecem destaque do PPG-Bot é sua proposta de cotutela com a Universidad de Granada (Espanha), de modo que contempla dupla pós-graduação, a do JBRJ e da universidade conveniada no exterior. Nesse mesmo modelo de parceria, pretendemos expandir contatos com outras universidades do exterior, visando a internacionalização do curso.

Em 2013, o PPG -Bot decidiu pela abertura de processo seletivo a distância para candidatos ao mestrado e doutorado. Docentes de instituições de diferentes regiões do Brasil e do exterior foram contactados e colaboraram na aplicação das provas. A exemplo disto já foram aplicadas provas no Brasil em Belém (PA), Uberlândia (MG), Porto Velho (RO) e Rondônia (no Brasil), além de Bogotá, Medelín e Tunja, na Colômbia e Quito no Equador. Tem sido frequente a procura do PPG por alunos de outros países sul americanos como Colômbia, Paraguai e do Peru.

O JBRJ mantém intercâmbio constante com os Jardins Botânicos de maior expressão no mundo, especialmente com o New York Botanical Garden e Missouri Botanical Garden, nos Estados Unidos da América; Royal Botanic Garden e Kew, na Inglaterra e o Muséum National d’Histoire Naturelle, em Paris. Em 2011, iniciou um programa envolvendo as duas últimas instituições, denominado Plantas do Brasil: Resgate Histórico e Herbário Virtual para o Conhecimento e Conservação da Flora Brasileira – REFLORA, coordenado pelo CNPq. A centralização científica dos dados do programa no Brasil está sob a responsabilidade do JBRJ até 2014. O programa tem como objetivo a construção de um herbário virtual de acesso público, abrangendo amostras coletadas no território brasileiro, nos séculos 18, 19 e 20, que estão depositadas nos herbários Royal Botanic Gardens, Kew, Muséum National d’Histoire Naturelle de Paris e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 

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