TÍTULO: ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DOS ÓBITOS POR DENGUE

CONFIRMADOS E INVESTIGADOS PELO COMITÊ DE INVESTIGAÇÃO DE

ÓBITO POR DENGUE EM PERNAMBUCO NO PERÍODO DE 2012 A 2017 NO

ESTADO”

 ORIENTADOR(A): PROFª.DRª. PRISCILA MAYRELLE DA SILVA CASTANHA

 DATA- HORA: 19 DE AGOSTO DE 2020 ÀS 09:00 HORAS

 

                                                        RESUMO

 

Apesar de mais de 30 anos de intensa transmissão viral (arbovírus) transmitida por artrópodes, os fatores epidemiológicos e clínicos que contribuem para o aumento do número de resultados fatais da dengue no Brasil permanecem indefinidos. Neste estudo, descrevemos a evolução temporal da mortalidade por dengue e exploramos os fatores sociodemográficos e clínicos associados à ocorrência de morte por dengue no estado de Pernambuco, um cenário hiperendêmico no nordeste do Brasil. Além disso, comparamos as características clínicas e epidemiológicas dos casos fatais de dengue no período imediatamente anterior (2012 a 2014) e durante (2015 e 2016) a circulação simultânea de múltiplos arbovírus (dengue, zika e chikungunya) nesse cenário. Foram incluídos dados de casos fatais de dengue que foram investigados e discutidos pelo Comitê Local de Investigação da Morte por Arbovírus de janeiro de 2012 a dezembro de 2017. Não encontramos tendências significativas na mortalidade por dengue (p = 0,499) e taxa de mortalidade por dengue (p = 0,347) durante o período do estudo. No geral, os resultados fatais da dengue foram observados com mais frequência entre pacientes do sexo masculino, cor da pele mista / preta autorreferida e indivíduos com baixo nível educacional e residentes em áreas urbanas. A razão de chances dos resultados fatais da dengue foi significativamente menor durante a tripla epidemia de arbovírus no cenário do estudo (OR: 0,28, IC 95%: 0,21-0,38, p <0,001). Fatores como idade avançada, comorbidades e permanência hospitalar prolongada foram mais frequentemente observados entre os desfechos fatais da dengue em um cenário de transmissão simultânea de arbovírus. Nossos resultados fornecem uma melhor compreensão dos fatores sociodemográficos e clínicos associados aos casos fatais de dengue que podem orientar intervenções de saúde pública para reduzir as mortes relacionadas à dengue.

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